sábado, 12 de julho de 2008

dicionario das cores e das dores... ;)

noite: doce delírio... infinito suspiro em que ardo e me embebedo;

dia: um sorriso, um piscar de olho, um balão que foge da mão de uma criança e se perde no horizonte, tédio, cansaço e magoas...

amor: labirinto de desejos e contradições,sol,agua, brisa marinha, um gelado derretido numa camisa branca...

vida: rascunho de um sonho desbotado, grito estridente de uma sereia decapitada... mar que consola os soluços salgados de sol

Saudade: manta de retalhos de momentos felizes que nos tapam do frio da vida... soluços calados por quem partiu e não volta mais...

Esperança: leite condensado que adoça a amargura de estar vivo
tinta de sonhos composta por sorrisos e meias palavras...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Quero-te a ti
Todo

Agora
E quero as madrugadas súbitas de orvalho
Que florescem nas mãos verdes das árvores
Quero imagens alheias á razão


Tempo, Fé, Vozes
Que interessa?
Cada impulso é sereno cada olhar é sombrio...

Quero um beijo fresco de musica
Uma flor em caricia
quero o doce fluir da vida
nesta encruzilhada de emoções
Quero chamas, e as nuvens e o céu
quero-te a ti!

terça-feira, 1 de julho de 2008

A todas as pessoas que se sentem mulheres...



A marcha do amor

este sábado foi a marcha LGBT, (lésbica,Gay,Bi e transexual) e foi linda! é sempre uma experiência única ver pessoas tão alegres e tão diferentes a lutar por aquilo que a vida tem de melhor... o amor


quinta-feira, 26 de junho de 2008

De regresso ao mundo lilas


"em mim nada secou não possuo a morte no coração, mas sim um pouco de chuva que lentamente apaga o fogo doutros dias mais simples escuto o lamento das águas e sei que tudo continua vivo no fundo do mar...e no coração persistente das plantas"Alberto


Estive ausente deste meu mundo lilás, finalmente ganhei asas e consegui alcançar alguns sonhos que brilhavam no céu da minha vida e que nunca lhes toquei por medo... agora, finda a minha caminhada, chegou a hora de me voltar para o meu cantinho virtual e voltar a escrever... ninguém melhor que Al berto para me inspirar

domingo, 10 de fevereiro de 2008

FMI

Ultimamente não tenho tido nem tempo nem vontade de escrever no blogue. Ainda não vai ser desta que vou publicar mais textos meus... não estou com muita cabeça. Contudo vou deixar um dos poemas mais brutais e que me diz muito... Chama-se FMI e foi escrito pelo grande Jose Mario Branco de quem eu sou fã! ja é muito antigo mas a sua mensagem ainda é bastante actual. Foi apresentado num concerto único do qual resultou um disco. É um poema muito longo talvez por isso eu so tenha encontrado dividido em duas partes. Vejam porque vale a pena tambem esta disponível na net basta irem a um desses programas de sacar músicas que encontram.

fmi

sábado, 12 de janeiro de 2008

Um poema de vinicius

aqui fica um dos meus poemas preferidos de vinicius, com um cheirinho a utopia

Ai, Quem Me Dera
Vinicius de Moraes

Ai, quem me dera terminasse a espera
Retornasse o canto simples e sem fim
E ouvindo o canto se chorasse tanto
Que do mundo o pranto se estancasse enfim
Ai, quem me dera ver morrrer a fera
Ver nascer o anjo, ver brotar a flor
Ai, quem me dera uma manhã feliz
Ai, quem me dera uma estação de amor
Ah, se as pessoas se tornassem boas
E cantassem loas e tivessem paz
E pelas ruas se abraçassem nuas
E duas a duas fossem casais
Ai, quem me dera ao som de madrigais
Ver todo mundo para sempre afim
E a liberdade nunca ser demais
E não haver mais solidão ruim
Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais
Dizer que a vida vai ser sempre assim
E, finda a espera, ouvir na primavera
Alguém chamar por mim

domingo, 6 de janeiro de 2008

Para a Rita

Talvez por estar adoentada, hoje sentei-me enroscadinha na manta de lã que a minha avózinha me fez e revi alguns rabiscos poéticos já antigos... um que me chamou a atenção, porque foi dos primeiros poemas que eu fiz e foi para animar uma amiga minha que escrevia (e ainda escreve espero eu) muito bem. tinhamos nós quinze aninhos. Foi das poucas coisas que eu consegui mostrar e foi com um objectivo e num contexto muito concreto... Enfim fiquei nostalgica e resolvi publica-lo aqui está: o poema chama-se

Para a Rita

De cigarro na boca e caneta na mão,
Ela tece com doces fios de loucura,
A poesia com que agasalha do silêncio
e do vazio, o seu coração

De cigarro na boca e caneta na mão
As palavras brotam-lhe como o sangue
De uma ferida aberta
Ferindo o papel esteril
Come se a Primavera Chegasse (mas não chega)

De cigarro na boca e caneta na mão
Ela segue com os olhos rudes sombras do passado
E deslia sobre o aguçado fio da navalha
Para achar a própria perdição...

E sozinha chora de mansinho
Como se gritasse todo o silêncio estridente
E os seus olhos são o mar
E as lagrimas a espuma
que se mistura com a areia pálida
E a loucura é o jazz
E a tristeza o odio e a revolta são doce poesia
E o seu sorriso é a primavera a qual ela espera mas nunca alcança
de cigarro na boca e caneta na mão...

aqui fica a homenagem à ovelhinha... medo

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

2008...


Este ano de 2008 quero-me dedicar à escrita...

Escrever a meu ver é( como alias uma vez eu disse a uma pessoa) um prato de comida que se prepara para alguém de quem se gosta...ou como uma noite louca de paixão: há que depositar todo o nosso amor e empenho e ter em conta todos os sentidos: visão, olfacto, sabor, textura ,som e muita intuição. Há que temperar com ternura, piri-piri e misturar lentamente com vida, gargalhadas, beijos gemidos e soluços. Por vezes podemos deixar marinar as palavras para deixa-las pegar gosto, outras vezes temos que servi-las logo porque senão perdem a piada e até o sentido.
Escrever é abrir as janelas da alma e voar...
o universo é a meta!
o transporte é a imaginação!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Um mundo livre é um mundo sem fascismo...



«(...)No planeta do principezinho havia umas sementes terríveis... eram as sementes de embondeiro. O solo estava infestado delas. Ora, se só se reparar num embondeiro quando este já for bastante grande, nunca mais ninguém se vê livre dele. Atravanca o planeta todo. Esburaca-o com as raízes(...)». 'O Principezinho' de A. Saint-Exupéry
“O nazi-fascismo não teve percursores intelectuais: teve cúmplices intelectuais da sua deliquência.”
Furio Jesi in Germanio Segreta


São um bando de arruaceiros .
Expelem um ódio babado em palavras de ordem com a obscenidade própria que o racismo e a xenofobia emprestam.
São lumpem arregimentados pela Internacional Fascista, escritório supra nacional do crime, que tenta reanimar um pouco por toda a parte o ovo da serpente, brutal, silencioso e invisível.
Ostentam tatuagens com símbolos nacionalistas, desenhos que a geometria da bestialidade traçou com capricho nos braços presos a corpos que a indigência mental faz segurar bandeiras com logotipos de outras eras; Fazem a saudação nazi numa coreografia que relembra os tempos em que a animalidade andou à solta nesta Europa, agora precária e cínica.
Falam dos “pretos” dos “ciganos” e “árabes” com desdém e afirmam ter orgulho em ser brancos, propondo como é absolutamente evidente a reedição de crueldades, extermínios e apartheids, habitantes que são de ideologias enxameadas de sofrimento, morte e dor.
A manifestação desta gente, com os confessados propósitos de publicitação da ideologia nazi, fascista, racista e xenófoba tem ganho força
O fortalecimento da extrema direita em Portugal e na Europa é consequência da globalização e da política neoliberal, que todos os dias tentamos combater.
Estes cancros civilizacionais não são novos na historia. Eles estão estudados e aparecem em momentos de crises capitalistas. São vermes ideológicos que se alimentam, da ignorância miséria e do descontentamento elegendo como Bodes expiatórios @s mais fracos,@s mais
excluíd@s
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As mentiras que apregoam, no entanto são mentiras bem lucrativas para este sistema que não vive sem imigração.
Quanto mais as leis forem repressivas para @s imigrantes mais este sistema ganha e economiza. Mais a exclusão se perpetua. Mais o cinismo que habita os cofres dos empresários gananciosos que lucram com a mão de obra escrava que estes imigrantes lhes são obrigad@s a oferecer, cresce e prospera.
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O melhor meio para combater estas sementes de raiva que brotam assustadoramente em meios impensáveis (veja-se o caso de letras) é apostar no fortalecimento dos movimentos sociais que representam o seu antagonismo: como é o caso de associações de imigrantes, movimentos feministas, movimento lgbtb e movimento pela legalização das drogas
Nem ao alastramento da influencia Neo nazi, nem ao racismo, nem à xenofobia. O que se propõe é a luta frontal e sem tréguas a tod@s aqueles/as que de uma forma ou outra, alimentam e promovem, nem que seja pelo silencio, todas estas barbaridades.
«Na terra que foi regada com sangue não pode crescer a arvore do esquecimento»