terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Um mundo livre é um mundo sem fascismo...



«(...)No planeta do principezinho havia umas sementes terríveis... eram as sementes de embondeiro. O solo estava infestado delas. Ora, se só se reparar num embondeiro quando este já for bastante grande, nunca mais ninguém se vê livre dele. Atravanca o planeta todo. Esburaca-o com as raízes(...)». 'O Principezinho' de A. Saint-Exupéry
“O nazi-fascismo não teve percursores intelectuais: teve cúmplices intelectuais da sua deliquência.”
Furio Jesi in Germanio Segreta


São um bando de arruaceiros .
Expelem um ódio babado em palavras de ordem com a obscenidade própria que o racismo e a xenofobia emprestam.
São lumpem arregimentados pela Internacional Fascista, escritório supra nacional do crime, que tenta reanimar um pouco por toda a parte o ovo da serpente, brutal, silencioso e invisível.
Ostentam tatuagens com símbolos nacionalistas, desenhos que a geometria da bestialidade traçou com capricho nos braços presos a corpos que a indigência mental faz segurar bandeiras com logotipos de outras eras; Fazem a saudação nazi numa coreografia que relembra os tempos em que a animalidade andou à solta nesta Europa, agora precária e cínica.
Falam dos “pretos” dos “ciganos” e “árabes” com desdém e afirmam ter orgulho em ser brancos, propondo como é absolutamente evidente a reedição de crueldades, extermínios e apartheids, habitantes que são de ideologias enxameadas de sofrimento, morte e dor.
A manifestação desta gente, com os confessados propósitos de publicitação da ideologia nazi, fascista, racista e xenófoba tem ganho força
O fortalecimento da extrema direita em Portugal e na Europa é consequência da globalização e da política neoliberal, que todos os dias tentamos combater.
Estes cancros civilizacionais não são novos na historia. Eles estão estudados e aparecem em momentos de crises capitalistas. São vermes ideológicos que se alimentam, da ignorância miséria e do descontentamento elegendo como Bodes expiatórios @s mais fracos,@s mais
excluíd@s
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As mentiras que apregoam, no entanto são mentiras bem lucrativas para este sistema que não vive sem imigração.
Quanto mais as leis forem repressivas para @s imigrantes mais este sistema ganha e economiza. Mais a exclusão se perpetua. Mais o cinismo que habita os cofres dos empresários gananciosos que lucram com a mão de obra escrava que estes imigrantes lhes são obrigad@s a oferecer, cresce e prospera.
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O melhor meio para combater estas sementes de raiva que brotam assustadoramente em meios impensáveis (veja-se o caso de letras) é apostar no fortalecimento dos movimentos sociais que representam o seu antagonismo: como é o caso de associações de imigrantes, movimentos feministas, movimento lgbtb e movimento pela legalização das drogas
Nem ao alastramento da influencia Neo nazi, nem ao racismo, nem à xenofobia. O que se propõe é a luta frontal e sem tréguas a tod@s aqueles/as que de uma forma ou outra, alimentam e promovem, nem que seja pelo silencio, todas estas barbaridades.
«Na terra que foi regada com sangue não pode crescer a arvore do esquecimento»